Esportes como o automobilismo tem encontrado um grande aliado nos videogames para que os profissionais melhorem suas habilidades nas pistas, mas no caso do tênis, ainda há alguns aspectos a serem aprimorados nessa área, e alguns videogames já entraram no mercado em busca de funcionar como uma ferramenta de prática e aprendizado técnico nesse esporte.
Do sofá ao barro
Quando o Wii Sports entrou no mercado em 2006, o mini-jogo Wii Tennis trouxe para o nível prático o contexto de jogar tênis através de um videogame onde tradicionalmente ele era realizado com jogadores sentados em um sofá e sem grande necessidade de movimento. Durante anos, jogos como Top Spin, que foi desenvolvido pela 2K Sports em 2003, ocuparam o espaço que os torcedores deste esporte, procuravam dentro dos videogames, tentando se posicionar na liderança deste gênero, como a TechTudo relatou no seu review, mas devido à falta de movimento, as opções dentro deles eram reduzidas apenas à teoria dos jogos e divertimento. Principalmente nos Estados Unidos, o lançamento de um simulador de tênis veio para atender às necessidades de um dos maiores mercados para este esporte, já que a cada ano milhares de pessoas se reúnem para atender o torneio US Open ao vivo e milhões de pessoas acompanham o evento que acontece entre agosto e setembro. Para a edição de 2018 o grande favorito é o já mencionado tenista suíço Roger Federer, já que a Betway dá a ele uma chance de 22,2% em 16 de julho, e devido ao fato dele estar em segundo lugar no ranking da ATP, acompanhando de perto ao espanhol Rafael Nadal. O aspecto que ainda é limitado a jogos como o Wii Tennis ou o atual Tennis World Tour é o fato de que eles são projetados para serem jogados em uma sala e na frente de uma TV, fazendo com que os jogadores não precisem correr ou usar a força para executar um serviço. Um concorrente próximo foi o Grand Slam Tennis 2, da EA Sports para Xbox 360 e Playstation 3, que começou a ser vendido em 2012 com a possibilidade de usar a opção de sensor demovimento Playstation Move. Esses simuladores de tênis conseguiram fazer com que muitos jogadores virtuais pulassem das quadras virtuais para as quadras reais, da mesma forma que videogames como o Guitar Hero, da Activision, motivaram muitas pessoas a aprender a tocar guitarra na vida real.
Videogames como ferramenta de aprendizado
No mais recente jogo do mundo do tênis, o Tennis World Tour, da Bigben Interactive, os jogadores têm a oportunidade de aprender como funciona a carreira de um jogador de Grand Slam, participando de torneios e partidas de exibição. Além disso, também permite considerar os aspectos sobre o gerenciamento da carreira do jogador, como investir dinheiro nas taxas de ingressos para grandes e reconhecidos campeonatos como Wimbledon, e cuidar da saúde e desempenho do personagem, tentando dar descanso e treinamento adequados, para evitar lesões e fadiga durante sua carreira profissional. Embora um videogame de tênis não possa trazer muita prática ou novas estratégias para um jogador profissional, Roger Federer inspirou com seu modo de jogo e experiência profissional o desenvolvimento do Tennis World Tour, para que os desenvolvedores pudessem representar as técnicas de jogo adequadas na vida real, dentro do videogame. No contexto dos simuladores esportivos, um dos jogos que mais chamou a atenção por sua atenção aos detalhes é o iRacing, para a plataforma Steam. Este videogame permite que seus jogadores tenham uma experiência de direção onde possam aprender a controlar o carro por meio de controles conectados ao computador, como volante, pedais e alavanca de câmbio, da mesma forma que um carro real, além de permitir que os jogadores conheçam as pistas de corrida em detalhes. Na vida real, os pilotos brasileiros Rubens Barrichello e Bruno Junqueira usam o simulador iRacing para aprender sobre pistas nas quais eles não tenham competido ainda, além de praticarem suas habilidades de direção antes das corridas.
Os simuladores de esportes continuam aproveitando os avanços da tecnologia em campos como inteligência artificial, realidade aumentada e realidade virtual, para começar a trabalhar em simuladores que, num futuro próximo, proporcionarão uma experiência muito mais realista para os jogadores.