Vista somente como tendência até pouco tempo atrás, a computação em nuvem chega em 2017 com o status de mainstream. De acordo com um estudo recente da IDC (International Data Corporation), somente o mercado de Cloud pública deve crescer 20% neste ano, atingindo US$ 890 milhões. Mesmo com o cenário econômico ainda em alerta, as empresas devem investir em Cloud por conta de vantagens como redução de custos, maior agilidade na entrega de soluções, mobilidade e escalabilidade. No ano passado, os investimentos em nuvem pública e privada ficaram em torno de 3,6 bilhões de dólares – sendo que o Brasil detém 45% do mercado.
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Dentro da Computação em Nuvem existem três tipos de organização para fornecimento de serviços, infraestrutura, armazenamento de dados, plataformas e softwares: a Nuvem Pública, Privada e a Híbrida. Já está claro para a maioria das empresas a importância de se ter uma boa infraestrutura na nuvem. Mas nem todas conseguem escolher o modelo ideal de acordo com o que desenvolvem. Por isso, vou abordar abaixo as principais diferenças entre as três formas e o tipo de negócio mais indicado para cada:
Nuvem Pública
A pública é o modelo mais utilizado nas empresas, por ser adequada à utilização de softwares como serviços (SaaS) e permitir a ampliação da capacidade de armazenamento. Assim, os serviços são fornecidos em um ambiente virtualizado acessível por meio da internet, construído utilizando recursos físicos agrupados e compartilhados. Além disso, o provedor usa a Internet para tornar os recursos disponíveis para seus clientes, cada qual com seus níveis de acesso bem definidos.
É o tipo de nuvem mais barato, pois os custos de hardware, aplicativos e largura de banda são cobertos pelo provedor. A empresa paga somente pela capacidade utilizada.
Principais benefícios:
– Escalabilidade ilimitada;
– Disponibilidade;
– Recursos sob demanda;
– Custos controláveis e menores do que a infraestrutura interna (ou o modelo privado);
– Confiabilidade devido à quantidade de servidores disponíveis.
Uma nuvem pública é indicada para empresas que querem ganhar poder tecnológico sem dispor de grandes investimentos em TI. Ela também é útil para quem tem pressa em utilizar recursos virtualizados, por tratar-se de uma nuvem que já está pronta.
Nuvem Privada
A nuvem privada foi criada para atender às necessidades de um único negócio. Ela pode ser implementada internamente para atender diversas filiais, por exemplo, ou ser fornecida por um provedor. É uma arquitetura de data center própria e exclusiva de uma empresa. Ela oferece todos os benefícios da nuvem pública, como flexibilidade, escalabilidade, provisionamento, automação, monitoramento, entre outros, com a diferença de não ser dividida com outras empresas.
Vale lembrar que nesse modelo, os recursos “as-a-service” não são vendidos a diferentes clientes pelo provedor, mas ofertados a uma única empresa, podendo servir, por exemplo, diferentes filiais e parceiros de negócios.
Principais benefícios:
– Maior nível de confiabilidade;
– Controle totalmente interno dos servidores e outros recursos;
– Possibilidade de utilizar os recursos legados para manter a própria nuvem;
– Atendimento à cultura de controle interno.
Uma nuvem privada é indicada para empresas que gerenciam dados muito sensíveis, como transações financeiras, por exemplo. Ela também serve muito bem para negócios nos quais a cultura de controle interno é bem rígida.
Nuvem Híbrida
A nuvem híbrida mescla os dois modelos anteriores, visando extrair o melhor de ambos e desempenhar funções distintas dentro de uma mesma organização. Se por um lado as nuvens públicas oferecem mais escalabilidade do que as privadas, estas por sua vez são mais recomendadas para armazenagem de dados críticos. Logo, é possível maximizar as eficiências por meio dessa mescla, conforme as necessidades da empresa.
Principais benefícios:
– Flexibilidade e escalabilidade;
– Controle de custos;
– Controles técnicos (especialmente do modelo privado);
– Possibilidade de alternar entre o modelo público e o privado conforme a necessidade do negócio.
Na maioria das vezes, o modelo é escolhido por empresas que já possuem uma boa infraestrutura interna e também querem aproveitar os benefícios do modelo público, especialmente no que diz respeito a softwares como serviço (SaaS).
Artigo escrito por: Bruno Russo*