O vício em games precisa ser tratado com seriedade, pois embora a maioria das pessoas ainda ignorem o fato, este é um problema que afeta inúmeras pessoas, independente gênero ou faixa etária, tanto que em 2019 a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu o vício em games como uma condição de saúde mental.
Os sintomas dessa condição comportamental podem passar despercebidos, pois envolvem a dificuldade de concentração em outras tarefas, aumento do tempo gasto com jogos e até sintomas de abstinência quando a pessoa não está jogando.
Com o vício em games, a pessoa desprioriza atividades importantes em sua vida como se alimentar, dormir, praticar esportes e ter uma vida social. E esse estilo de vida pode levar a problemas de saúde física e mental devastadores na vida de qualquer pessoa, especialmente pessoas jovens.
Embora pareça um exagero, o vício em games pode ser comparado com o vício em entorpecentes, já que é uma forma de dependência comportamental que envolve o descontrole do tempo e frequência que essa pessoa procura o videogame, trazendo consequências negativas nos âmbitos pessoal, profissional e até financeiro.
A média de horas em frente ao videogame no decorrer de sete dias assusta: jogadores de 18 a 25 anos jogam em média 7 horas e 47 minutos, jogadores de 26 a 35 anos jogam por 8 horas e 13 minutos e os de 36 a 45 anos por 7 horas e 46 minutos.
Estamos falando de uma média de 1h06 a 1h16 dedicada aos videogames todos os dias. Algumas pessoas são tão viciadas nesses jogos, que não conseguem se controlar nem durante o horário de trabalho.
Para tratar o vício em games, o indivíduo precisa reconhecer que está lidando com um problema de saúde e buscar ajuda, seja por meio da terapia individual ou em grupo, assim como estabelecer pequenas mudanças no dia a dia, como estabelecer um horário e tempo limite para jogar, escolher jogos voltados para o aprendizado, bem como buscar outras atividades para fazer no tempo livre.
É importante que os pais e educadores ensinem crianças e adolescentes sobre os riscos associados a jogar videogames por longas horas todos os dias desde cedo. A conscientização é importante porque os mais novos costumam sofrer mais dessa condição comportamental do que os mais velhos.
Isso porque a tendência é que mais e mais pessoas continuarão a desenvolver o vício em videogames pela popularidade desses jogos e facilidade de acesso em plataformas online que estimulam o interesse do público e impulsionam o crescimento da indústria.
É preciso proatividade para lidar com esse problema de uma maneira propositiva e otimista e nunca condenatória, especialmente porque a era dos videogames não será passageira e fará cada vez mais parte do cotidiano das pessoas.