Apesar de movimentar bilhões de dólares todo ano, não é sempre que a indústria da tecnologia acerta. Muitas vezes os projetos em que todo esse dinheiro foi investido não retorna o esperado, sendo um verdadeiro desastre de investimento para a empresa. Outras vezes, problemas burocráticos impedem a manutenção ou evolução de algum produto, que acaba caindo no esquecimento.
No entanto, nemsempre isso é um desastre por conta de um simples entrave burocrático ou de um serviço que ficou desatualizado. Às vezes, esses desastres acontecem desde o lançamento, causando uma verdadeira vergonha pra essas empresas. Confira abaixo alguns dos maiores fiascos da história da tecnologia.
1 – O ‘Cybertruck’ da Tesla
Disponível por 1 milhão de reais no Brasil, o ‘Cybertruck’ é um modelo de carro da Tesla, que ficou muito conhecida por seus carros elétricos e seus carros que se dirigem sozinhos. Entretanto, o apelo do Cybertruck não é tanto suas características ultratecnológicas, mas sim a resistência e a durabilidade.
Sendo divulgado como “o carro indestrutível”, não foi bem isso que o público observou na cerimônia de lançamento do carro. Nesse vídeo podemos ver o momento em que tudo deu errado. A inauguração estava sendo apresentada por Elon Musk, o CEO da Tesla, que afirmou que os vidros do ‘Cybertruck’ eram “à prova de balas”. Quando um voluntário joga uma esfera de metal para testar a afirmação, a janela imediatamente se racha. Quando o homem tenta em outro vidro, a mesma coisa acontece. Elon Musk, envergonhado, tentou disfarçar dizendo que “não havia atravessado”, mas o fiasco já estava montado.
Além disso, embora o aspecto “rústico” seja proposital, o Cybertruck foi considerado o carro mais feio do mundo e até agora foi um verdadeiro desastre de vendas comparado aos outros produtos da empresa.
2 – Juicero
A Juicero foi uma startup americana que lançou a Juicero Press, uma máquina de sucos com conexão wi-fi que prometia revolucionar a área. O problema é que a ‘Juicero Press’ não fazia sucos, pois a Juicero funcionava de outra forma: o cliente pagava uma mensalidade e recebia sacos de sucos feitos pela empresa. A pessoa podia então colocar um desses saquinhos na Juicero Press, que extraía o suco. O outro problema é que você não precisava da máquina para isso, e vários vídeos de pessoas extraindo o suco com as próprias mãos viralizaram nos dias seguintes ao seu lançamento.
Com 120 milhões de dólares em investimentos arrecadados, a empresa é até hoje uma das maiores vergonhas da tecnologia, e as poucas vendas que a Juicero fez foram rapidamente reembolsadas. É claro que isso já era de se esperar, você provavelmente também pediria o seu dinheiro de volta se tivesse pago 2 mil reais em uma “máquina de apertar saquinhos”.
Esse foi um fiasco da tecnologia que poderia ter sido evitado através do simples princípio de “não tente arrumar o que não está estragado”.
3 – ‘Pippin’, da Apple
Algumas invenções estão muitos anos à frente de seu tempo. Infelizmente, às vezes elas se adiantam até demais na inovação. Esse foi o caso do ‘Pippin’, da Apple. Nos anos 90, muitas inovações tecnológicas começaram a chegar às casas das pessoas, como a internet e os videogames.
Investindo no mercado de jogos eletrônicos para o ambiente doméstico, a Apple resolveu entrar na corrida de desenvolvimento de consoles e jogos com o Pippin, um console que apesar de ter sido lançado com apenas 16 jogos disponíveis tinha o diferencial de conseguir se conectar à internet.
O console não apenas possibilitava jogar pela internet, mas também que os usuários acessassem a internet em geral através de um navegador nativo do console. O maior problema do Pippin é que naquela época quase ninguém tinha uma conexão de internet capaz de lidar com jogos online. Na verdade, até hoje o ‘lag’ e o atraso entre o servidor e o computador são um desafio ainda não resolvido. Isso fez com que o Pippin não conseguisse conectar as suas duas promessas, fazendo com que o aparelho fosse um computador ruim e um videogame medíocre ao mesmo tempo.
4 – Google Glass
O ‘Google Glass’ é um produto tão famoso quanto é desconhecido. Você provavelmente lembra dele, embora também já deva ter se questionado “ei, o que aconteceu com aquele óculos que a Google ia lançar?”.
Apesar do marketing e divulgação constantes, o produto teve vida curta. Para quem nunca ouviu falar dele, o Google Glass foi uma espécie de mistura entre óculos e computador, que prometia uma imersão muito maior da tecnologia em nossas vidas, fazendo com que qualquer coisa estivesse disponível num simples movimento de olhos.
O problema é que, apesar de soar como algo vindo diretamente de um filme de ficção científica dos anos 2000, o produto estava fadado a fracassar. Apesar dos entusiastas da tecnologia terem gostado da premissa, no dia a dia o produto não faz sentido nenhum. Afinal, qual a diferença entre usar um ‘Google Glass’ e checar algo no seu celular? Bom, a diferença é que um Google Glass era muito mais limitado do que qualquer celular, mais desconfortável, menos conveniente e muito mais caro. Esses fatores fizeram com que o produto fosse um desastre e parasse de ser produzido em 2015.