Benvindo Zacarias · 22 de março, 2022
A guerra na Ucrânia, iniciada pela Rússia no dia 24 de fevereiro, pode ser “o fim do dólar“, segundo corretora.
Isso aconteceria porque “o dólar, assim como as demais moedas fiduciárias, representa uma dívida soberana entre um determinado governo e o ente que se dispôs a reter a moeda em seu portfólio”.
“Se, por alguma razão, o governo emitente da moeda fiduciária se recusa a honrar esta dívida,
como no caso de proibir o acesso aos recursos depositados em bancos sob sua jurisdição, a credibilidade desta moeda é, claramente, afetada”, afirmam os analistas.
A Genial aponta que fatos como a crise humanitária causada pela invasão da Ucrânia, a exclusão da Rússia do Swift,
que processa as operações financeiras de 11 mil bancos em todo o mundo e é um dos pilares da economia mundial,
e as sanções norte-americanas feitas à economia russa podem cementar a queda da moeda mais importante do mundo.
Para a Genial, essa será “uma consequência de longo prazo”, uma vez que “não há alternativas de curto prazo, além do que alterações no arcabouço de meios de pagamento global ocorrem de maneira lenta”.
E o dólar já começou a dar sinais de um leve enfraquecimento diante a outras moedas. Às 10h11 de hoje (22), a moeda norte-americana caía 0,73%, cotado a R$ 4,9081.